segunda-feira, 16 de abril de 2012

O que está por trás do "sentido da vida"

Querer saber qual o sentido da vida pode ser equivalente a buscar respostas para questões fundamentais:

  • por que existe algo em vez do nada?
  • nossa característica de ter uma inquietude profunda sobre a vida surgiu por acaso, como efeito colateral da evolução natural, ou foi criada conscientemente por um ser superior?
  • deixamos de existir, como indivíduos conscientes, com a morte física?
  • se não, viveremos para sempre ou há um limite?

Pela profundidade destas perguntas, percebe-se que compreender o sentido da vida não é tarefa simples, isolada de questões filosóficas basilares ainda inacessíveis ao nosso conhecimento.

Há também alguns pontos adicionais.

  • E se não existir sentido nenhum, caso nossa existência seja fruto do mero acaso? Sendo assim, resta o existencialismo, segundo o qual cabe a nós criar um sentido para nossas vidas. Ou seja, pesquisar o sentido da vida é inútil, e estamos perdendo tempo se não nos ocupamos desde já em construir um.
  • Supondo que fomos criados por Deus para realizar uma missão específica. Por exemplo, preparar o mundo para seres mais avançados, criando tecnologias que deem a eles conforto. Ou que somos uma experiência, para testar certos parâmetros de um modelo físico-matemático rumo à criação de uma raça mais perfeita. Isso significa para nós que este é sentido da nossa vida? Provavelmente não. Pois temos uma consciência que transcende eventuais missões mais simples, e não nos sentiríamos plenos se ficássemos apenas confinados a elas. Assim como se criássemos um robô tão complexo quanto nós mesmos para ser nosso escravo, ele não sentiria que esta é sua grande missão. Talvez esta questão recaia na anterior, e cada um teria que criar um sentido para si.

O que fazer então?

Certamente não ficar esperando de braços cruzados alguém solucionar a grande questão. Até porque a probabilidade de que se chegue a uma resposta enquanto vivermos é muito baixa. Resta-nos fazer algo que seja útil considerando os principais sentidos da vida possíveis. Certamente ao buscar intensamente o conhecimento (científico, moral, filosófico, artístico, de si mesmo, ...), e colaborar para que os outros também o busquem, não estaremos desperdiçando nosso tempo.

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